Devoção reparadora dos 5 primeiros sábados. O Céu a nossa cara Pátria!


Aprovação da Santa Devoção Reparadora dos Primeiros Sábados 

Sua aprovação tornou-se pública pelo Bispo de Leiria, D. José Alves Correia da Silva, a 13 de Setembro de 1939, em Fátima (https://1drv.ms/b/s!AleIyOv4Mp1egw_FqWlwQns98poj). Esta devoção pode ser celebrada, em comunidade ou individualmente. Em caso desta devoção não poder ser celebrada no primeiro Sábado, por algum motivo justo, ausência de padre para confissão ou comunhão pela Santa Missa, poderá ser celebrado no Domingo seguinte, desde que devidamente autorizado por um sacerdote, tal como Jesus revelou a Lúcia. “Será igualmente aceite a prática desta devoção no Domingo seguinte ao Primeiro Sábado, quando os meus sacerdotes, por justos motivos, assim o concederem às almas”. (carta da Ir. Lúcia ao Pe. José B. Gonçalves, SJ, 12-Jun-1930) 
Ainda num diálogo da Irmã Lúcia com o Menino Jesus na aparição no dia 15 de Fevereiro de 1926, Lúcia falou a Jesus da dificuldade da confissão se realizar ao Sábado e pediu-Lhe para ser válida a confissão de 8 dias. Jesus responde-lhe: “Sim, pode ser de muitos mais ainda, contanto que, quando Me receberem, estejam em graça e que tenham intenção de desagravar o Imaculado Coração de Maria”.
É importante dizer que, a Devoção dos cinco primeiros Sábados, é uma das principais formas de reparar o Coração Imaculado de Maria. Portanto, é preciso celebrá-la com total dedicação, tal como Nossa Senhora pediu; comunhão reparadora, confissão reparadora, recitação do Terço e meditação durante quinze minutos nos Mistérios do Rosário. 

Como viver a Devoção Reparadora 

Esta devoção foi concluída por Nossa Senhora a Ir. Lúcia no dia 10 de Dezembro de 1925 em Tuy, na Espanha. Nesta aparição, Nossa Senhora mostrando numa das mãos o seu coração cercado de espinhos, pede-nos que façamos esta Devoção Reparadora dos Cinco Primeiros Sábados, com a intenção de reparar o Imaculado Coração de Maria, nas seguintes condições: 
  • Confissão Reparadora, isto é, com intenção de reparar o Coração Imaculado de Maria. Deve preceder a comunhão reparadora, mas se tal não for possível pode-se fazer depois, em qualquer dia. Exige-se uma confissão reparadora para cada comunhão reparadora. 
  • Comunhão Reparadora, quer dizer, comunhão sacramental, recebida nas devidas condições e oferecida em desagravo dos pecados contra o Imaculado Coração de Maria. 
  • Rezar o Terço, em espírito de reparação. 
  • Meditar quinze minutos nos 15 Mistérios do Rosário, “ Mistérios, Gozosos, Dolorosos e Gloriosos”. E para meditar: Ler pausadamente a passagem bíblica referente ao mistério. Representar, com o auxílio da imaginação, a cena bíblica como se estivesse vendo e vivendo. Comparar a nossa vida com as lições que Jesus e Maria nos dão nesse mistério. Exortar nosso coração à contrição pelos pecados que ofendemos a Deus, e a compaixão para com o Coração Imaculado, pelas blasfêmias e ingratidões com que é ultrajado sem cessar. 

 No Primeiro Sábado de cinco meses seguidos, com exceção da confissão, que pode ser em outro dia, desde que no primeiro sábado se esteja em estado de graça para comungar. Os outros atos devem ser cumpridos dentro das 24 (vinte e quatro) horas do primeiro sábado de cinco meses seguidos.

Objetivo da Devoção 

Objetivo desta devoção é reparar e consolar o Coração Imaculado de Maria, pelas ingratidões e blasfêmias que ofende este Sagrado Coração, pois, muitos são os pecados que O ofendem. Talvez, alguém possa dizer: ah..., “Quem deveria reparar os pecados cometidos e que ofendem o Coração de Maria é quem pecou!” Certo! É isso mesmo. “Quem dentre vós não tem pecados, atire a primeira pedra”. Ao começar pelos mais velhos, ninguém ficou para fazer justiça. A caso não temos pecados? Não somos nós também pecadores? A única causa do sofrimento do mundo é o pecado. Eu sou primeiro a ter que entrar na fila da reparação, pois são os meus pecados que impedem a graça de Deus na minha vida, da minha salvação e da salvação dos outros também, para além, de ofender os Sagrados Corações de Maria e Jesus. Quando peco, seja qual for o pecado, não é só em mim que cairá as consequências, porque as consequências do pecado são inevitáveis, elas fogem do nosso alcance de evitá-las. Eu posso me arrepender de um crime que eu cometi, e Deus há de me perdoar, “Se reconhecermos nossos pecados, então Deus se mostra fiel e justo, para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” (cf I Jo 1,9), mas as conseqüências não se dissolvem assim. 



Davi, o Salmista, um homem escolhido por Deus por sua justiça e valentia, cometeu uma série de pecados graves no seu reinado. Adulterou com Bat-Sheba a mulher do seu melhor amigo Uriá, mentiu, e ainda mandou matar, para camuflar a sua culpa. Com a Intervenção do profeta Natan através de uma parábola, Davi reconheceu seu erro e rasgando suas vestes e seu coração diante de Deus, arrependeu-se profundamente do seu pecado e Deus o perdoou (cf 2 Sm 11, 1-27 e 12-24). Mesmo Deus perdoando Davi, e de fato apagou o seu crime da lista dos condenados. Porém, mesmo assim, Davi teve que arcar com todas as conseqüências. O fato de Deus o ter perdoado, não possibilitou devolver a vida do seu melhor amigo Uriá, e nem mesmo o filho que foi gerado no adultério prevaleceu, como conseqüência do seu pecado. É por isso que temos que reparar os nossos pecados, e reparar o Coração de Maria que assiste com lágrimas nossas más ações. 

A reparação que Nossa Senhora nos pede aqui ao seu Imaculado Coração, é em porcentagem muito pequena. Poderíamos assim dizer: é muito fácil de se fazer esta Devoção Reparadora dos Cinco Primeiros Sábados dentro dos requisitos que Ela nos pede. Mas, a intensidade com que eu a faço, é que fará com que ela vá além das medidas solicitadas, assim também eu posso ser muito mais generoso a Nossa Senhora, ao me decidir fazer tal reparação. “Aquele que se purifica de suas manchas, será um vaso nobre, santificado, útil para o Senhor, aptos para toda obra boa.” (cf. II Tim 2, 21).

Vejamos o exemplo dos Pastorinhos Francisco e Jacinta. Eles suportaram intensos sofrimentos como por exemplo: zombaria, escárnio, castigo, prisão, perseguição, doença e etc..., porém, eles ofereceram muito mais sacrifícios ainda, afim de consolar o Imaculado Coração de Maria. Eles não comiam a merenda, que era a sua refeição do meio-dia, para a distribuírem a suas ovelhas e aos pobrezinhos. Deixavam de comer os figos e as frutas apetitosas para saborear o prazer de consolar a Nossa Senhora. Chegaram a ficar uma novena e até um mês, sem beber água, em pleno verão como sacrifício em reparação ao Coração Imaculado de Maria. Isso tudo, não porque eles eram grandes pecadores, mas sim, porque se voluntariaram a corresponder com generosidade ao pedido de Nossa Senhora. Desta forma, reafirmo. A reparação ao Imaculado Coração de Maria é extremamente essencial em todos os casos de pecado, até mesmo as mentiras inocentes dos tempos de crianças, é louvável serem reparadas, como fez muitas vezes a pequena Jacinta que dizia: “Ser pura na alma é não cometer pecado algum, é não mentir nunca, dizer sempre a verdade, ainda que nos custe muito”. Logo, começamos a perceber que, com os nossos sofrimentos sejam eles voluntários ou não, podemos oferecer em reparação dos maus atos que eu cometi, e que outros cometem, mas acima de tudo, com a reta intenção de consolar o Imaculado Coração de Maria transpassado pelos pecados da humanidade. É mais do que justo, que eu sacrifique me por aqueles que continuam a ofender o Coração da Mãe, que ficam inerentes ao apelo de conversão, por todos aqueles que estão cegos da verdade e do caminho que leva a salvação, por aqueles que são seduzidos pelo inimigo por causa de promessas enganadoras e fantasiosas do materialismo ateu. 

Reparar, portanto, não é um castigo, muito menos uma questão de troca de favores, pois de graça recebi, de graça devo dar. Foi gratuitamente que Jesus reparou nossos pecados que ofendiam o Coração de Deus, “Cristo tomou sobre Si as nossas dores, Ele morreu para que tivéssemos o perdão.” (cf Is 53, 6). Estávamos condenados à morte como um boi destinado ao matadouro, mas Cristo assumiu a nossa culpa, pagando o preço com o seu próprio sangue a dívida que tínhamos com Deus, devido à desobediência dos nossos primeiros pais (cf. Rom 5, 7). Ele não nos pediu nada em troca, foi gratuitamente que ele dispôs-se abraçar a sua Cruz, que no fundo no fundo, era a nossa Cruz, e como um cordeiro, foi imolado, sacrificado por toda a humanidade. Cristo só espera de nós que, creiamos Nele e sejamos Santos. “Esta é a vontade de Deus a nosso respeito, que sejamos Santos assim como Vosso Pai que está no Céu é Santo.” (cf. Rom 3, 21). Agora, cabe-nos fazer o mesmo, impelidos pela generosidade e gratidão de Cristo, reparemos os Sagrados Corações de Jesus e de Maria que ainda estão muito ofendidos pelos pecados com que ele mesmo é atingido. É inevitável neste percurso das Devoções, não mencionar a Devoção e a Consagração ao Sagrado Coração de Jesus no final do século XVIII, que resultou em uma série de outras devoções, enriquecendo ainda mais a espiritualidade da Santa Igreja, como também, uma aproximação maior aos Sacramentos e às novas ordens religiosas. 
Tendo Jesus um coração cercado de espinhos, manifesta ao mundo o seu amor sofredor pelos pecadores e fiéis que, haviam esquecido, o seu gesto incopiável da Cruz, maior prova de amor que Deus tem por nós. Foi a uma pequenina e humilde freira visitandina, que o Senhor escolheu para revelar ao mundo a devoção ao seu Sagrado Coração. As aparições se deram entre o ano de 1673 à 1675, à Santa Margarida Maria Alacoque, que como os Pastorinhos de Fátima também teve dificuldades de espalhar ao mundo a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, que Ele próprio tinha revelado. Conta-nos Santa Margarida; “Meu Divino Coração está tão apaixonado pela humanidade e por ti em particular, que não podendo por mais tempo reter em si as chamas de sua ardente caridade, necessita comunicá-las por teu meio, e manifestarem-nos para enriquecê-los com seus preciosos tesouros que te descubro, que contêm as graças santificantes e salutares necessárias para retirá-los do abismo da perdição; e eu te escolhi como um abismo de indignidade e de ignorância para a realização deste grande plano, a fim de que tudo seja feito por Mim.” (autobiografia de S. Margarida Maria Alacoque, nº 53). 

Do Coração Divino de Jesus e no pequeno coração humilde de Margarida nasce a Consagração ao Sagrado Coração de Jesus: “Eu,..., Vos dou e consagro, ó Sagrado Coração de Jesus, minha pessoa e minha vida, minhas ações, penas e sofrimentos, para não querer mais servir-me de nenhuma parte do meu ser, senão para Vos honrar, amar e glorificar. É esta a minha vontade irrevogável: ser todo Vosso e tudo fazer por Vosso amor, renunciando de todo o meu coração a tudo quanto Vos possa desagradar. Tomo-Vos, pois, ó Sagrado Coração, por único bem de meu amor, protetor de minha vida, segurança de minha salvação, remédio de minha fragilidade e de minha inconsciência, reparador de todas as imperfeições de minha vida e meu asilo seguro na hora da morte. Sede, ó Coração de bondade, minha justificação diante de Deus, Vosso Pai, para que desvie de mim sua justa cólera. Ó Coração de amor! Deposito toda a minha confiança em Vós, pois tudo temo de minha malícia e de minha fraqueza, mas tudo espero de Vossa bondade! Extingui em mim tudo o que possa desagradar-Vos ou se oponha à Vossa vontade. Seja o Vosso puro amor tão profundamente impresso em meu coração, que jamais possa eu esquecer-Vos, nem separar-me de Vós. Suplico por todas as Vossas finezas que meu nome seja escrito em Vosso Coração, pois quero fazer consistir toda a minha felicidade e toda a minha glória em viver e morrer como Vosso escravo. Amém”. 

O mesmo Jesus explica os frutos desta devoção; “O Sagrado Coração é uma fonte inesgotável que não pretende senão comunicar-se aos corações humildes para que, mais livres e disponíveis, orientem a sua vida na entrega total à sua vontade. Deste Divino Coração, brotam sem cessar três canais de graça. 
O primeiro é a da misericórdia para com os pecadores, sobre os quais infunde o espírito de contrição e de penitência. 
O segundo é a da caridade, para auxílio de quantos padecem tribulações e em especial dos que aspiram à perfeição, a fim de que superem todas as dificuldades. 
O terceiro é de amor e luz para os seus amigos perfeitos que deseja unir a Si para a fim de que eles se consagrem inteiramente a promover a sua glória, cada um a sua maneira”. (S. Margarida Maria Alacoque, Vie et Oeuvres) 

O ato de consagração, só foi feito mesmo, no dia 11 de Junho de 1899, pelo papa Leão XIII, em união com toda a Igreja é consagrou-se toda a Raça Humana ao Sagrado Coração de Jesus. Certamente, Nossa Senhora vem pedir reparação ao Santíssimo Coração de Jesus, porque também ela sofre ao ver o seu filho sendo tratado com tanto desprezo e indiferença pelos homens que continuam a não ouvirem a voz de Deus e da Mãe que pedem reparação. 

Os dois Sagrados Corações de Jesus e de Maria estão entrelaçados um ao outro, e ambos sofrem juntos pelas ingratidões com que Eles são tratados, e é por isso que os dois Sagrados Corações precisam ser reparados. Esta surdez dos homens fez com que Deus utilizasse mais uma vez da Santíssima Virgem Maria para falar aos homens da necessidade de conversão e de uma vida consagrada a Deus que por meio de Santa Catarina de Laboré, em 1830, um século e meio depois da aparição em Paray-le-Monial à Santa Margarida Maria, em plena Guerra Civil na França, Nossa Senhora na sua missão de colaborar no plano de Salvação aparece desta vez na Rue du Bac, em Paris, a humilde Catarina que nos conta: “Era o sábado, antes do primeiro domingo do Advento, às cinco e meia da tarde. Depois da leitura da meditação, em grande silêncio, pareceu-me ouvir um ruído ao lado da tribuna; tendo olhado para este lado, percebi a Santíssima Virgem. Estava de pé, vestida de branco aurora, os pés apoiado numa bola, de que só via a metade; nas mãos, elevadas a altura do peito, trazia um globo que sustentava num gesto muito natural, com os olhos erguidos para o Céu... O seu rosto era de tal beleza que não poderia descrever. De repente percebi anéis no seus dedos, cobertos de pedras preciosas, umas maiores e outras menores, que lançavam raios, uns mais belos que os outros. Enquanto eu me embevecia em contemplá-la, a Virgem abaixou os olhos, fixou-os sobre mim e uma voz interior me falou: - Este globo que vedes, representam o mundo inteiro, especialmente a França... e cada pessoa em particular. Aqui não sei exprimir o que senti, nem como era belos e deslumbrantes, os raios que via! A voz disse-me ainda: - Estes raios são o símbolo da graças que derramo sobre as pessoas que as pedem. Neste momento não sei onde estava... Formou-se um quadro oval em torno da Santíssima Virgem, onde estavam escritas com letras de ouro estas palavras: - Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós. - E uma voz disse-me: - Fazei cunhar uma medalha conforme este modelo. - Todas as pessoas que a trouxerem ao pescoço receberão grandes graças; as graças serão abundantes para os que a trouxerem com confiança. - Algumas pedras preciosas não reluziam. - Estas pedras que permanecem sombrias representam as graças que se esquecem de me pedir. No mesmo instante, o quadro pareceu voltar-se e vi o reverso da medalha: a letra “M” encimada por uma cruz, e em baixo, dois corações, um coroado de espinho e um outro transpassado por uma espada. Pareceu-me ouvir uma voz que me dizia: - O M e os dois corações dizem bastante! -. Maria, Jesus... dois sofrimentos unidos para nossa redenção.” (S. Catarina de Labouré, “A santa do Silêncio”).

São dois corações unidos pela nossa redenção. São dois corações que sofrem pela ingratidão dos homens no mundo inteiro. São dois corações que clamam por reparação, por alguém que ao menos, venha lhes consolar. Recordemos, que, na 1ª Aparição em Fátima, 13 de Maio de 1917, Nossa Senhora pergunta aos Pastorinhos: “Querem oferecer sacrifícios, e suportar todos os sofrimentos que Deus os enviar, em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores?” (Memórias da Ir. Lúcia) Sim, eu quero! Responderam eles. 

E nós? Qual é a nossa resposta? Eu, e você, não precisamos ir muito longe buscar motivos de sofrimentos para atribui-los a Deus em sacrifícios de reparação não! Dentro da nossa própria casa temos muitos motivos e pessoas a quem podemos rezar e nos sacrificar por elas. Não foi assim com a Mãe de Santo Agostinho, que passou 30 anos rezando pela conversão de seu filho que era um homem completamente ateu, e hoje se tornou um Santo e Doutor da Igreja? Não foi com grande sacrifícios e orações, que Santa Rita de Cássia ofereceu-se como sacrifício vivo? Ela que abrindo mão da vida de seus dois filhos que irados pelo assassinato de seu pai, juravam vingança ao assassino. Porém, Santa Rita suplica a Deus que fizesse justiça antes mesmo que seus dois filhos sujassem as mãos de sangue como criminosos e perdessem assim a salvação. Deus intervêm, antes deles cometerem tal crime, e os levam para o Céu, atendendo assim o pedido de sua mãe Rita. E como prova que Santa Rita de Cássia compreendeu a linguagem do amor e do sacrifício, ofereceu-se a Jesus para compartilhar com Ele de suas dores e sofrimentos, recebendo como resposta, um graveto de espinho da coroa de Cristo em sua testa. 

Nossa Senhora disse que: “Muitas almas vão para o inferno, porque não tem ninguém que rezem por elas.”. Foi daí então, que surgiu esta oração suplicante que recitamos na oração do Santo Terço; “Ó meu Jesus perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno; levai as almas todas para o céu, principalmente as que mais precisarem.”. Foi Nossa Senhora que ensinou aos Pastorinhos esta pequena jaculatória, um sinal de que Ela está atenta as nossas necessidades, e que também sofre com os nossos sofrimentos e tem o seu Imaculado Coração ferido por ver que tantas almas se destinam para o inferno. Sintetizando: o objetivo desta devoção é acima de tudo um apelo e uma motivação a ORAÇÃO e ao SACRIFÍCIO. Saiba, que ninguém se salvará sozinho. Eu e você, só nos salvaremos salvando aos outros, esta é a nossa missão! Salvar muitas almas para Deus, inclusive as almas dos nossos familiares.

O importante é não desanimar. Nossa Senhora disse isso a Lúcia, e diz hoje a cada um de nós: “Não desanimes. Eu nunca te deixarei. O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus.”. Esta Reparação está ao alcance de todos, aceitá-la, é ao mesmo tempo, corresponder ao amor gratuito de Deus por nós, e contribuir no plano de salvação de toda humanidade. Fátima é o convite para reparar os pecados cometidos contra Jesus e Sua Mãe Maria Santíssima e consolar estes dois Sagrados Corações transpassados pela espada do pecado, da maldade e da ingratidão. Reparação significa, portanto, a concretização da nossa Salvação. Rezar o terço todos os dias, fazer sacrifícios reparadores, ter devoção ao Imaculado Coração de Maria, cumprir os primeiros sábados são tudo formas de viver mais empenhadamente a nossa Fé, resistir a sedução do paganismo insinuante. 

Fátima é um convite pessoal, e ao mesmo tempo necessário a todos os homens e mulheres da terra para a sua própria salvação e das almas que nos são confiadas. É o próprio Deus revelando ao mundo a sua grande promessa, que todos se salvem e que ninguém se perca e que cheguem ao conhecimento da verdade plena. 

Uma boa motivação para começarmos a viver este apelo ou retomá-lo, é finalizarmos com estas palavras de Nossa Senhora; “Olha minha filha (Olha meu filho), o Meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos Me cravam, com blasfêmias e ingratidões. Tu ao menos, vê de Me consolar...”

A Grande Promessa

 “... Eu prometo assistir-lhes, na hora da morte, com todas as graças necessárias para a salvação dessas almas”. A quem praticar esta Devoção nas condições exigidas, Nossa Senhora promete assistir está alma na hora da morte, com todas as graças necessárias à salvação. É uma promessa que só se cumpre, com o cumprimento satisfatório à que esta Devoção inspira. É como um corredor olímpico, que só chega à medalha, se fizer com eficiência todo percurso exigido. É um prêmio, uma grande graça, e não uma troca de favores, assim eu faço-a por amor, por amor a Nossa Senhora e por amor a tantas almas que vão para o inferno, por não ter ninguém que reze por elas. Pouco tempo antes de Jacinta morrer, ela disse a Irmã Lúcia: “Diz a toda gente que Deus nos concede as graças por meio do Imaculado Coração de Maria; que lhes peçam a Ela; que o coração de Jesus quer que, ao Seu lado, se venere o Coração Imaculado de Maria; que peçam a paz ao Imaculado Coração de Maria, que Deus Lha entregou a Ela. Se eu pudesse meter no coração de toda gente o lume que tenho cá dentro no meu peito a queimar-me e a fazer-me gostar tanto do Coração de Jesus e do Coração de Maria”. Se este era o desejo de Jacinta, imagine o lume que estava no coração de Lúcia divulgando o Triunfo do Imaculado Coração de Maria. Sejamos também uma LUZ, como Lúcia, divulgando essa grande promessa que garante as graças necessárias para a salvação de todas as almas que fizerem essa Devoção, que abre o Céu!



Jaculatórias 

“Meu Deus! Eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão pelos os que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam”. (Oração ensinada pelo Anjo de Portugal na primeira aparição em 1916 - Loca do Cabeço) 

“Santíssima Trindade, Pai, Filho, Espírito Santo, adoro Vos profundamente e ofereço-Vos o preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os sacrários da terra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido. E pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-Vos a conversão dos pobres pecadores”. (Oração ensinada pelo Anjo de Portugal no mesmo lugar da primeira aparição em 1916, Loca do Cabeço. Francisco rezava constantemente esta oração. De maneira especial, após a Comunhão e diante do Santíssimo Sacramento da Eucaristia) 

“Ó Santíssima Trindade, eu Vos adoro. Meu Deus, meu Deus, eu Vos amo no Santíssimo Sacramento”. (Oração feita pelos Pastorinhos no momento em que Nossa Senhora lhes revela; que teriam muito que sofrer). 

“Ó meu Jesus perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno: levai as alminhas todas para o Céu, principalmente as que mais precisarem.” (Oração ensinada por Nossa Senhora de Fátima, após a visão do inferno, sugerindo intercalarem nos mistérios do terço)

“Ó meu Jesus, é por vosso amor e pela conversão dos pecadores e em reparação dos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria”. (Oração de oferecimento, sempre que os Pastorinhos faziam algum sacrifício. Podemos fazê-la sempre que tivermos diante de algum sacrifício, seja ele voluntário ou não)

Reparação das blasfêmias contra o Imaculado Coração de Maria 

Óh Maria, Minha Mãe Santíssima, desejando desagravarVos das ofensas que Vosso Coração Doloroso e Imaculado recebe, e em especial das blasfêmias que se dirige contra Vós, ofereço-Vos estes pobres louvores com o fim de vos consolar por tantos filhos ingratos que não Vos amam, e consolar o Coração Santíssimo de Jesus. Vosso Filho e Senhor nosso, a quem tanto ofendem e entristecem as injúrias feitas contra Vós. Dignai-Vos, Mãe Dulcíssima, receber este meu pobre e humilde obséquio; fazei que Vos ame e sacrifique-me por Vós, cada vez mais; e olhai com os olhos de misericórdia para tantos infelizes afim de que não tardem em acolherse, arrependidos, ao Vosso colo materno. Amém. 
Bendito seja Deus! 
Bendita seja a excelsa Mãe de Deus, Maria Santíssima! 
Bendita a Sua Santa e Imaculada Conceição! 
Bendita a Sua gloriosa Assunção! 
Bendito o nome de Maria Virgem e Mãe! 
Bendito o Seu Imaculado e Doloroso Coração! 
Bendita a Sua Pureza Virginal! 
Bendita a Sua Divina Maternidade! 
Bendita a Sua Mediação Universal! 
Benditas as Suas lágrimas e as Suas Dores! 
Benditas as graças com que o Senhor A coroou Rainha do Céu e da Terra! 
Glória a Maria Santíssima, Filha Primogênita do Pai! 
Glória a Maria Santíssima, Mãe Imaculada do Filho! 
Glória a Maria Santíssima, Esposa Virginal do Espírito Santo! 
Virgem Santíssima, minha boa e terna Mãe, eu Vos amo pelos que não Vos amam; louvo-Vos pelos que Vos blasfemam; entrego-me totalmente a Vós, pelos que não querem reconhecer-Vos por sua Mãe. Ave-Maria... Ó Maria concebida sem pecado. Rogai por nós que recorremos a Vós. Coração Imaculado de Maria Sede a nossa Salvação!
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