Aparições de Nossa Senhora do Rosário de Fátima: CICLO CORDIMARIANO



Aparições de Nossa Senhora do Rosário de Fátima - Portugal e Espanha

👉Primeira aparição de Nossa Senhora do Rosário 

Local: Cova da Iria. Data: 13 de maio de 1917.

Nossa Senhora aparece resplandecente aos pastorinhos, em 1917. Lúcia, Francisco e Jacinta estavam brincando num lugar chamado Cova da Iria. De repente, observaram dois clarões como de relâmpagos, e em seguida viram, sobre a copa de uma pequena árvore chamada azinheira, uma Senhora de beleza incomparável.
Era uma Senhora vestida de branco, mais brilhante que o sol, irradiando luz mais clara e intensa que um copo de cristal cheio de água cristalina, atravessado pelos raios do sol mais ardente.
Sua face, indescritivelmente bela, não era nem alegre e nem triste, mas séria, com ar de suave censura. As mãos juntas, como a rezar, apoiadas no peito, e voltadas para cima. Da sua mão direita pendia um Rosário. As vestes pareciam feitas somente de luz. A túnica e o manto eram brancos com bordas douradas, que cobria a cabeça da Virgem Maria e lhe descia até os pés.
Lúcia jamais conseguiu descrever perfeitamente os traços dessa fisionomia tão brilhante. Com voz maternal e suave, Nossa Senhora tranquiliza as três crianças, dizendo:
– Não tenhais medo! Eu não vos faço mal!
– De onde é Vossemecê? – lhe perguntei.
– Sou do Céu.
– E que é que Vossemecê me quer?
– Vim para vos pedir que venhais aqui, seis meses seguidos, no dia 13 a esta mesma hora. Depois direi quem sou e o que quero. Depois voltarei ainda aqui uma sétima vez.
– Vossemecê sabe-me dizer se a guerra ainda dura muito tempo ou se acaba breve?
– Não te posso dizer ainda enquanto não te disser também o que quero.
– E eu também vou para o Céu?
– Sim, vais.
– E a Jacinta?
– Também.
– E o Francisco?
– Também, mas tem que rezar muitos Terços.
– E a Maria das Neves já está no Céu?
– Sim, está.
– E a Amélia?
Estará no purgatório até ao fim do mundo.
– Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores?
– Sim, queremos!
– Ides, pois, ter muito que sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto.
Foi ao pronunciar estas últimas palavras (a graça de Deus, etc.) que abriu pela primeira vez as mãos, comunicando-nos uma luz tão intensa, como que reflexo que delas expedia, que penetrando-nos no peito e no mais íntimo da alma, fazendo-nos ver a nós mesmos em Deus, que era essa luz, mais claramente que nos vemos no melhor dos espelhos. Então por um impulso íntimo também comunicado, caímos de joelhos e repetíamos intimamente:
– Ó Santíssima Trindade, eu vos adoro. Meu Deus, meu Deus, eu Vos amo no Santíssimo Sacramento.
Passados os primeiros momentos, Nossa Senhora acrescentou:
– Rezem o Terço todos os dias, para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra.
Em seguida, cercada de luz, começou a elevar-se serenamente, até desaparecer.

👉Segunda aparição de Nossa Senhora do Rosário

Local: Cova da Iria. Data: 13 de junho de 1917.
Pessoas presentes: 50 a 60.

Antes da segunda aparição, os pastorinhos notaram novamente um clarão, a que chamavam relâmpago, mas que não era propriamente um relâmpago. Era o reflexo de uma luz que se aproximava. Além dos pastorinhos, havia, também, cerca de 50 pessoas. Mas essas pessoas não viam Nossa Senhora. Lúcia começou a falar com Nossa Senhora:
– Vossemecê que me quer? – perguntei.
– Quero que venhais aqui no dia 13 do mês que vem, que rezeis o Terço e que aprendam a ler. Depois direi o que quero.
Pedi a cura dum doente.
– Se se converter, curar-se-á durante o ano.
– Queria pedir-lhe para nos levar para o Céu.
– Sim; a Jacinta e o Francisco levo-os em breve. Mas tu ficas cá mais algum tempo. Jesus quer servir-Se de ti para me fazer conhecer e amar. Ele quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração. A quem a abraçar, prometo a salvação; e serão queridas de Deus estas almas, como flores postas por Mim a adornar o Seu trono.
– Fico cá sozinha? – perguntei, com pena.
– Não, filha. E tu sofres muito? Não desanimes. Eu nunca te deixarei. O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus.
Foi no momento em que disse estas últimas palavras que abriu as mãos e nos comunicou, pela segunda vez, o reflexo dessa luz imensa. Nela nos víamos como que submergidos em Deus. A Jacinta e o Francisco pareciam estar na parte dessa luz que se elevava para o Céu e eu na que se espargia sobre a terra. À frente da palma da mão direita de Nossa Senhora, estava um coração cercado de espinhos que parecia estarem-lhe cravados. Compreendemos que era o Imaculado Coração de Maria, ultrajado pelos pecados da humanidade, que queria reparação.
Nossa Senhora, envolta ainda na luz que dEla irradiava, elevou-se sem esforço, suavemente, até desaparecer.

👉Terceira aparição de Nossa Senhora do Rosário

Local: Cova da Iria. Data: 13 de julho de 1917.
Pessoas presentes: 4000 a 5000 ou 2000 a 3000.

Uma nuvenzinha pairou sobre a azinheira. O sol se ofuscou. Uma brisa fresca soprou sobre a terra, apesar de ser o auge do verão. Os pastorinhos viram o reflexo da luz – como nas aparições anteriores – e, em seguida, viram Nossa Senhora sobre a arvorezinha chamada azinheira. Então, Lúcia pergunta a Nossa Senhora:
– Vossemecê que me quer?
– Quero que venham aqui no dia 13 do mês que vem, que continuem a rezar o Terço todos os dias, em honra de Nossa Senhora do Rosário, para obter a paz do mundo e o fim da guerra, porque só Ela lhes poderá valer.
– Queria pedir-lhe para nos dizer Quem é, para fazer um milagre com que todos acreditem que Vossemecê nos aparece.
– Continuem a vir aqui todos os meses. Em Outubro direi quem sou, o que quero, e farei um milagre que todos hão-de ver, para acreditar.
– Tenho aqui um pedido se Vossemecê converte uma mulher do Pedrógão e uma da Fátima e se melhora um menino da Moita.
Ela disse que os convertia e melhorava entre um ano.
– Sacrificai-vos pelos pecadores e dizei muitas vezes e em especial quando fizerdes alguns sacrifícios: "Ó Jesus, é por Vosso amor, pela conversão dos pecadores e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria".
Ao dizer estas últimas palavras, abriu de novo as mãos, como nos dois meses passados.
O reflexo pareceu penetrar a terra e vimos como que um grande mar de fogo. Mergulhados em esse fogo, os demônios e as almas, como se fossem brasas transparentes e negras ou bronzeadas, com forma humana, que flutuavam no incêndio, levadas pelas chamas que delas mesmas saíam juntamente com nuvens de fumo, caindo para todos os lados, semelhante ao cair das faúlhas em os grandes incêndios, sem peso nem equilíbrio, entre gritos e gemidos de dor e desespero que horrorizava e fazia estremecer de pavor
(deveu ser ao deparar-me com esta vista que dei esse "ai!" que dizem ter-me ouvido).
 Os demônios distinguiam-se por formas horríveis e asquerosas de animais espantosos e desconhecidos, mas transparentes como negros carvões em brasa. Assustados e como que a pedir socorro, levantamos a vista para Nossa Senhora, que nos disse com bondade e tristeza:
- Vistes o inferno, para onde vão as almas dos pobres pecadores; para as salvar, Deus quer estabelecer no mundo a devoção a Meu Imaculado Coração. Se fizerem o que Eu vos disser, salvar-se-ão muitas almas e terão paz. A guerra vai acabar. Mas, se não deixarem de ofender a Deus, no reinado de Pio XI começará outra pior. Quando virdes uma noite alumiada por uma luz desconhecida, sabei que é o grande sinal que Deus vos dá de que vai a punir o mundo de seus crimes, por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre. (Primeiro Segredo)
Para a impedir virei pedir a consagração da Rússia a meu Imaculado Coração e a comunhão reparadora nos primeiros sábados. Se atenderem a Meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz; se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas. Por fim o Meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre consagrar-me-á a Rússia, que se converterá, e será concedido ao mundo algum tempo de paz (Segundo Segredo).


Em Portugal conservar-se-á sempre o dogma da Fé.
Depois das duas partes que já expus, Nossa Senhora mostrou-nos uma vista do um indivíduo que eu descrevo como o ‘santo Padre’, em frente de uma multidão que estava louvando-o. Mas havia uma diferença com um verdadeiro santo Padre, o olhar do demônio, êste tinha o olhar do mal. Então depois de alguns momentos vimos o mesmo Papa entrando a uma Igreja, mas esta Igreja era a Igreja do inferno, não há modo para descrever a fealdade d’êsse lugar, parecia uma fortaleza feita de cimento cinzento com ângulos quebrados e janelas semelhantes a olhos, tinha um bico no telhado do edifício.
Em seguida levantamos a vista para Nossa Senhora que nos disse:
-Vistes a apostasia na Igreja, esta carta pode ser aberta por O santo Padre, mas deve ser anunciada depois de Pio XII e antes de 1960. No reinado de Juan Pablo II a pedra angular da tumba de Pedro deve ser removida e transferida para Fatima. Porque o dogma da fé não é conservado em Roma, sua autoridade será removida e entregada a Fatima. A catedral de Roma deve ser destruída e uma nova construída em Fatima. Se 69 semanas depois de que esta ordem é anunciada Roma continua sua abominação, a cidade será destruída.
Nossa Senhora disse-nos que êsto está escrito, Daniel 9, 24-25 e Mateus 21, 42-44 (Terceiro Segredo de Fátima).

Isto não o digais a ninguém. Ao Francisco, sim, podeis dizê-lo.
Quando rezais o Terço, dizei depois de cada mistério: "Ó meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as alminhas todas para o Céu, principalmente aquelas que mais precisarem".
Seguiu-se um instante de silêncio e perguntei:
– Vossemecê não me quer mais nada?
– Não. Hoje não te quero mais nada.

 
👉Quarta aparição de Nossa Senhora do Rosário

Local: Valinhos. Data: 19 de agosto de 1917.
Pessoas presentes (no dia 13): 15000 a 18000, embora alguns escritos falem de apenas 5000.
Lúcia estava com Francisco e mais um primo, no local chamado Valinhos – uma propriedade de um de seus tios – quando, pelas 4 horas da tarde, começaram a se produzir as alterações atmosféricas que precediam as aparições de Nossa Senhora na Cova da Iria. Ou seja, um súbito refrescar da temperatura e uma diminuição da luz do sol.
Lúcia, sentindo que alguma coisa de sobrenatural se aproximava e os envolvia, mandou chamar às pressas Jacinta, a qual chegou em tempo para ver Nossa Senhora que – anunciada, como das outras vezes, por um reflexo de luz – apareceu sobre a árvore chamada azinheira, um pouco maior que a da Cova da Iria, onde tinham-se dado as aparições anteriores. Lúcia pergunta a Nossa Senhora:
– Que é que Vossemecê me quer?
– Quero que continueis a ir à Cova da Iria no dia 13, que continueis a rezar o Terço todos os dias. No último mês, farei o milagre para que todos acreditem. Se não tivessem abalado contigo para a Aldeia seria o Milagre mais conhecido; havia de vir São José com o Menino Jesus para dar a paz ao mundo e havia de vir Nosso Senhor benzer o povo, vinha Nossa Senhora do Rosário com um Anjo de cada lado e Nossa Senhora com um arco de flores à roda.
– Que é que Vossemecê quer que se faça ao dinheiro que o povo deixa na Cova da Iria?
– Façam dois andores: um leva-lo tu com a Jacinta e outras duas meninas, vestidas de branco; o outro leva-o o Francisco com três meninos. O dinheiro dos andores é para a festa de Nossa Senhora do Rosário e o que sobrar é para a ajuda duma capela que hão-de mandar fazer.
– Queria pedir-lhe a cura dalguns doentes.
– Sim, alguns curarei durante o ano.
E tomando um aspecto mais triste:
– Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios por os pecadores, que vão muitas almas para o inferno por não haver quem se sacrifique e peça por elas.
E, como de costume começou a elevar-se até desaparecer. Os pastorinhos cortaram ramos da árvore sobre a qual Nossa Senhora lhes tinha aparecido e levaram para casa os ramos exalavam um perfume suave.

👉Quinta aparição de Nossa Senhora do Rosário

Local: Cova da Iria. Data: 13 de setembro de 1917.
Pessoas presentes: 20000 a 30000.

Como das outras vezes uma série de fenômenos atmosféricos foram observados pelas pessoas que tinham ido à Cova da Iria. Calculou-se que estavam presentes entre 20 a 30 mil pessoas.
O súbito refrescar da atmosfera, o empalidecer do sol até o ponto de se verem as estrelas, uma espécie de chuva como que de pétalas ou flocos de neve, que desapareciam antes de pousarem na terra.
E desta vez, foi notado um globo luminoso, que se movia, lenta e majestosamente pelo céu de um para outro. E que, no final da aparição, moveu-se em sentido contrário.
Os três pastorinhos notaram, como de costume, o reflexo de uma luz e, a seguir, viram Nossa Senhora sobre a azinheira.
– Continuem a rezar o Terço a Nossa Senhora do Rosário, todos os dias, que abrande ela a guerra para alcançarem o fim da guerra, que a guerra está para acabar. Em Outubro virá também Nosso Senhor, Nossa Senhora das Dores e do Carmo, S. José com o Menino Jesus para abençoarem o Mundo. Deus está contente com os vossos sacrifícios, mas não quer que durmais com a corda; trazei-a só durante o dia.
– Têm-me pedido para Lhe pedir muitas coisas: a cura de alguns doentes, dum surdo-mudo.
– Alguns curarei, outros não. Em Outubro farei o milagre para que todos acreditem.
– Metade do dinheiro que juntaram até hoje façam dois andores e dêem-nos à Senhora do Rosário; a outra metade seja para ajuda da capelinha.
E, começando a elevar-se, desapareceu como de costume.

Sexta aparição de Nossa Senhora do Rosário

Local: Cova da Iria. Data: 13 de outubro de 1917.
Pessoas presentes: 50000 a 70000.

Uma grande multidão rezava o Terço na Cova da Iria. Os três pastorinhos notaram o reflexo de uma luz e, em seguida, viram Nossa Senhora sobre a azinheira.
– Que é que Vossemecê me quer?
– Quero dizer-te que façam aqui uma capela em Minha honra, que sou a Senhora do Rosário, que continuem sempre a rezar o Terço todos os dias. A guerra vai acabar e os militares voltarão em breve para as suas casas.
– Eu tinha muitas coisas para Lhe pedir: se curava uns doentes e se convertia uns pecadores, etc.
– Uns sim, outros não. É preciso que se emendem, que peçam perdão dos seus pecados.
E tomando um aspecto mais triste:
– Não ofendam mais a Nosso Senhor que já está muito ofendido!
– Ainda me quer mais alguma coisa?
– Já não quero mais nada.
E, abrindo as mãos, fê-las refletir no Sol. E enquanto que se elevava, continuava o reflexo da sua própria luz a projetar no Sol.
Desaparecida Nossa Senhora na imensa distância do firmamento, vimos, ao lado do sol, S. José com o Menino e Nossa Senhora vestida de branco, com um manto azul. São José com o Menino pareciam abençoar o Mundo, com os gestos que faziam com a mão em forma de cruz. Pouco depois, desvanecida esta aparição, vi Nosso Senhor e Nossa Senhora que me dava a ideia de ser Nossa Senhora das Dores. Nosso Senhor parecia abençoar o mundo da mesma forma que São José. Desvaneceu-se esta aparição e pareceu-me ver ainda Nossa Senhora em forma semelhante a Nossa Senhora do Carmo.

Tinha chovido durante toda a aparição. Mas, no momento em que a Santíssima Virgem desaparecia, e que Lúcia gritou “olhem para o sol!”, as nuvens se entreabriram, deixando ver o sol. 
Brilhava com intensidade jamais vista, mas não cegava. A imensa bola começou a “bailar”. Como uma gigantesca roda de fogo, girava rapidamente.
Parou por um certo tempo, mas, em seguida, começou a girar sobre si mesmo, vertiginosamente.

 


Depois, seus bordos tornaram-se vermelhos, e deslizou no céu, como um redemoinho, espargindo chamas de fogo. Essa luz refletia-se no solo, nas árvores, nos arbustos, nas próprias faces das pessoas e nas roupas, tomando tonalidades brilhantes e diferentes cores. Em seguida, por três vezes ficou animado de um movimento rápido. O globo de fogo pareceu tremer, sacudir-se e precipitar-se em ziguezague sobre a multidão. Durou tudo uns dez minutos. Finalmente o sol voltou em ziguezague para o ponto de onde se tinha precipitado, e ficou novamente tranquilo e brilhante, com o mesmo brilho de todos os dias. Muitas pessoas notaram que suas roupas, ensopadas pela chuva, tinham secado subitamente. 
O milagre do sol foi visto, também, por numerosas testemunhas que estavam fora do local das aparições, até a 40 quilômetros de distância.

👉Outras Aparições:
Em Pontevedra registam-se duas aparições à Vidente: ❤10 Dezembro 1925 – Nossa Senhora com o Menino Jesus, pedindo a devoção dos cinco primeiros Sábados. ❤15 Fevereiro 1926 – Menino Jesus, no quintal da casa, pedindo que fosse espalhada a devoção a sua Mãe Maria Santíssima.


👉Aparição de Nossa Senhora em Pontevedra
Local: no quarto da Lúcia, em Pontevedra. Data: 10 de dezembro de 1925.
Apareceu-lhe a SS. Virgem e, ao lado, suspenso em uma nuvem, um Menino. A SS. Virgem, pondo-lhe no ombro a mão e mostrando, ao mesmo tempo, um coração que tinha na outra mão, cercado de espinhos.
Ao mesmo tempo, disse o Menino:
– Tem pena do Coração da tua Santíssima Mãe que está coberto de espinhos, que os homens ingratos a todos os momentos Lhe cravam sem haver quem faça um acto de reparação para os tirar.
Em seguida disse a Santíssima Virgem:
– Olha, minha filha, o Meu Coração cercado de espinhos, que os homens ingratos a todos os momentos Me cravam, com blasfemias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar e diz que todos aqueles que durante cinco meses, ao primeiro sábado, se confessarem, receberem a Sagrada Comunhão, rezarem o Terço e me fizerem 15 minutos de companhia, meditando nos 15 Mistérios do Rosário com fim de Me desagravar, Eu prometo assistir-lhes, na hora da morte, com todas as graças necessárias para a salvação dessas almas.

👉Aparição do Menino Jesus

Local: no quintal, em Pontevedra. Data: 15 de fevereiro de 1926.
No dia 15-2-1926, voltando eu lá a deitar um apanhador de lixo fora do quintal, como é costume, encontrei ali uma criança que me parecia ser a mesma [que já encontrara uma vez antes] e perguntei-lhe então:
– Tens pedido o Menino Jesus à Mãe do Céu?
A Criança volta-se para mim e diz:
– E tu tens espalhado, pelo mundo, aquilo que a Mãe do Céu te pediu?


E, nisto, transforma-se num Menino resplandecente.
Conhecendo, então, que era Jesus, disse:
– Meu Jesus! Vós bem sabeis o que o meu confessor me disse na carta que Vos li. Dizia que era preciso que aquela visão se repetisse, que houvesse factos para que fosse acreditada, e a Madre Superiora, só, a espalhar este facto, nada podia.
– É verdade que a Madre Superiora só, nada pode; mas, com a Minha graça, pode tudo. E basta que o teu Confessor te dê licença, e a tua Superiora o diga, para que seja acreditado, até sem se saber a quem foi revelado.
– Mas o meu Confessor dizia na carta que esta devoção não fazia falta no mundo, porque já havia muitas almas que Vos recebiam, aos primeiros sábados, em honra de Nossa Senhora e dos 15 Mistérios do Rosário.
– É verdade, minha filha, que muitas almas os começam, mas poucas os acabam; e as que os terminam, é com o fim de receberem as graças que aí estão prometidas; e Me agradam mais as que fizerem os cinco com fervor e com o fim de desagravar o Coração da tua Mãe do Céu, que os que fizerem os 15, tíbios e indiferentes.
– Meu Jesus! Muitas almas têm dificuldade em se confessar ao sábado. Se Vós permitísseis que a confissão de oito dias fosse válida?
– Sim. Pode ser de muito mais dias ainda, contanto que estejam em graça no primeiro sábado, quando Me receberem; e que nessa confissão anterior tenham feito a intenção de com ela desagravar o Sagrado Coração de Maria.
– Meu Jesus! E as que se esquecerem de formar essa intenção?
– Podem-na formar logo na outra confissão seguinte, aproveitando a primeira ocasião que tiverem de se confessar.

👉Aparição da Santíssima Trindade
Local: na capela, em Tuy. Data: 13 de junho de 1929.
Em Tuy regista-se uma aparição – Santíssima Trindade e Imaculado Coração de Maria, pedindo a consagração da Rússia, a ser feita pelo Papa em união com todos os Bispos do mundo.

A única luz era a da lâmpada. De repente, iluminou-se toda a capela com uma luz sobrenatural e sobre o altar apareceu uma Cruz de luz que chegava até ao teto.
Em uma luz mais clara via-se, na parte superior da Cruz, uma face de homem com o corpo até à cinta, sobre o peito uma pomba também de luz e, pregado na Cruz, o corpo de outro homem. Um pouco abaixo da cinta, suspenso no ar, via-se um cálice e uma hóstia grande, sobre a qual caíam algumas gotas de sangue que corriam pelas faces do Crucificado e de uma ferida do peito.
Escorregando pela Hóstia, essas gotas caíam dentro do Cálice.
Sob o braço direito da Cruz estava Nossa Senhora ("era Nossa Senhora de Fátima com seu Imaculado Coração ... na mão esquerda, … sem espada nem rosas, mas com uma coroa de espinhos e chamas") com seu Imaculado Coração na mão...
Sob o braço esquerdo, umas letras grandes, como se fossem de água cristalina que corressem para cima do altar, formavam estas palavras: "Graça e Misericórdia".
Compreendi que me era mostrado o mistério da Santíssima Trindade, e recebi luzes sobre este mistério que me não é permitido revelar.
Depois Nossa Senhora disse-me:
– É chegado o momento em que Deus pede para o Santo Padre fazer, em união com todos os Bispos do mundo, a consagração da Rússia ao Meu Imaculado Coração, prometendo salvá-la por este meio. São tantas as almas que a Justiça de Deus condena por pecados contra Mim cometidos, que venho pedir reparação: sacrifica-te por esta intenção e ora.
Dei conta disto ao meu confessor, que me mandou escrever o que Nosso Senhor queria se fizesse.
Mais tarde, por meio duma comunicação íntima, Nossa Senhora disse-me, queixando-Se:
– Não quiseram atender ao Meu pedido!... Como o rei de França, arrepender-se-ão e fá-la-ão, mas será tarde. A Rússia terá já espalhado os seus erros pelo Mundo, provocando guerras, perseguições à Igreja: o Santo Padre terá muito que sofrer.


Trajetória da Irmã Lúcia antes de ser substituída por um impostora no Carmelo de Coimbra

👉16 Junho 1921 – Aos 14 anos, a pedido do Bispo de Leiria, D. José Alves Correia da Silva, Lúcia dá entrada no então Asilo Van Zeller – Rua de Vilar, Porto, cuja direção estava a cargo das Irmãs Doroteias. Por determinação do Bispo, “nunca deveria dizer o próprio nome”… Assim, foi-lhe atribuído o nome de Maria das Dores, “Dores”, nome da Superiora que a recebeu: Irmã Maria das Dores Magalhães. Ali permaneceu durante quatro anos: instrução primária, bordados, em que se tornou exímia, etc.

👉24 Outubro 1925 – Por sua determinação, entra na Congregação, em Tuy (depois da Expulsão e Dispersão, na sequência da Revolução de 1910, o Noviciado encontrava-se então em Espanha).



👉25 Outubro 1925 – Parte para Pontevedra, como Postulante.
👉16 Julho 1926 – Regressa a Tuy, ainda como Postulante.

👉03 Outubro 1934 – Profissão Perpétua, em Tuy.

👉09 Outubro 1934 – 2ª ida para Pontevedra.

👉28 Abril 1937 – Regressa a Tuy, a pedido da Provincial Eugénia Monfalim, gravemente doente. Desejava, antes de morrer, fixar os olhos da Vidente que viu Nossa Senhora, em Fátima. Morreu a 31 de Maio do mesmo ano.

Comentários

Postagens mais visitadas