DEVOÇÃO REPARADORA dos Cinco Primeiros Sábados

DEVOÇÃO REPARADORA dos Cinco Primeiros Sábados
“Por fim, o Meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre consagrar-Me-á a Rússia, que se converterá, e será concedido ao mundo algum tempo de paz.” Isso acontecerá “por fim,” depois de uma grande luta. Precisamos de ter sempre presente que Jesus nos disse, “Nunca será tarde demais para recorrer a Jesus e a Maria.” Devemos rezar, e especialmente o Terço. Recordemo-nos do que a Mensagem de Fátima nos diz: “Só Ela (Nossa Senhora do Rosário) lhes poderá valer.” 

O Segredo de Fátima foi dado aos três videntes — Lúcia, Francisco e Jacinta — em 13 de Julho de 1917. Como todos sabemos, compõe-se de três partes: a primeira parte é a visão do inferno; a segunda parte é a profecia da propagação dos erros da Rússia; e a terceira parte é sobre a apostasia na Igreja. 
Vamos falar da segunda parte do Segredo, porque foi nela que Nossa Senhora prometeu voltar e pedir Comunhões de Reparação. Disse que “a guerra vai acabar,” referindo-se à Primeira Guerra Mundial, “Mas, se não deixarem de ofender a Deus… Deus vai punir o mundo de seus crimes, por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre. “Para a impedir, virei pedir a Consagração da Rússia a Meu Imaculado Coração e a Comunhão reparadora nos primeiros sábados.” Portanto, vamos falar do pedido da Comunhão de Reparação nos Primeiros Sábados. 

O Menino Jesus aparece a Lúcia Foi em 10 de Dezembro de 1925, quando Lúcia estava na sua cela, no convento das Doroteias em Pontevedra, que o Menino Jesus — com cerca de 12 anos — lhe apareceu, de pé numa nuvem. E ao lado d’Ele, à Sua esquerda, estava a Santíssima Virgem. Lúcia ajoelhou-se e Nossa Senhora colocou a mão no ombro de Lúcia. 
Esta aparição é muito comovente por várias razões, como irão ver. A Santíssima Virgem tinha o Seu Imaculado Coração na mão direita, e o Coração estava cercado de espinhos. Jesus falou primeiro e disse: “Tem pena do Coração de tua Santíssima Mãe.” Notem que disse a tua Santíssima Mãe. Noutras ocasiões, referiu-se à Santíssima Virgem como “Minha Mãe”, mas aqui disse “a tua Santíssima Mãe.” “Tem pena do Coração da tua Santíssima Mãe que está coberto de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos Lhe cravam, sem haver quem faça um acto de reparação para os tirar.”
Em seguida, a Santíssima Virgem, sempre com a mão no ombro de Lúcia, disse: “Olha, Minha filha, o Meu Coração, cercado de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos Me cravam, com blasfêmias e ingratidões. “Tu, ao menos, vê de Me consolar e diz que todos aqueles que durante 5 meses ao 1º sábado, se confessarem, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um Terço e Me fizerem 15 minutos de companhia, meditando nos 15 mistérios do Rosário, com o fim de Me desagravar, Eu prometo assistir-lhes, na hora da morte, com todas as graças necessárias para a salvação dessas almas.”

Foi aqui, portanto, que nos foram dadas as condições pela primeira vez. A Santíssima Virgem Maria é verdadeiramente a nossa Mãe... É importante que vejamos que o Menino Jesus veio fazer um apelo a todos nós, além de a Lúcia, para que tenhamos “pena do Coração da nossa Santíssima Mãe.” A Santíssima Virgem Maria é verdadeiramente a nossa Mãe porque, como a Igreja tem ensinado, gera dentro de nós a vida da graça santificante. 
São Pedro, na sua Epístola, disse que participamos da natureza divina. Esta participação — diz-nos o Concílio de Trento — é uma participação criada na natureza divina; é chamada graça santificante, e aproxima-nos da natureza divina. Como alguém já disse, seríamos tentados a adorar a alma de uma criança, se pudéssemos ver-lhe a alma logo a seguir a ser baptizada, porque a alma é feita segundo a natureza de Deus. Esta vida de graça é gerada nas nossas almas pelas águas do baptismo (a menos que um homem nasça de novo na água e no Espírito Santo, não poderá entrar no Reino de Deus), mas é também pela acção maternal da Santíssima Virgem, ao mesmo tempo, que cada um de nós nasce para a vida da graça... A Santíssima Virgem é chamada nossa Mãe porque nos gera (a palavra latina é generavit) para a vida da graça. E assim, a Santíssima Virgem é Mãe de Jesus, uma Pessoa pré-existente, e Nossa Senhora deu-Lhe geração física pelo poder do Espírito Santo. Gerou a Jesus para a Sua vida natural humana. Maria é a nossa Mãe porque gera cada uma das nossas almas para a vida sobrenatural da graça santificante. Somos pessoas pré-existentes antes de sermos baptizados, mas Ela regenera-nos pelas águas do baptismo e com o Espírito Santo. Esta é uma verdadeira geração, porque Nosso Senhor usa a imagem de nascer de novo. E nós nascemos de novo da água, do Espírito Santo, e da Santíssima Virgem Maria. Assim, Maria é, de facto, verdadeiramente, a nossa Mãe na ordem da graça. Consequentemente, é por isso que Jesus nos diz para termos “pena do Coração de tua Santíssima Mãe.” Diz-nos para termos compaixão; e ter compaixão é confortá-La. E a maneira de A confortarmos é fazendo reparação. 

O Ato de Reparação 

Assim, por exemplo, suponhamos que alguém nos fere — moral ou fisicamente — e este acto foi testemunhado por outra pessoa. Embora fôssemos nós a sentir a ferida, porque alguém foi antipático para nós ou nos fez alguma coisa de mal, a pessoa que testemunhou o acto poderia dizer: “Lamento isso,” ou “Posso dar-lhe ou fazer alguma coisa?” Estaria a fazer uma espécie de reparação para mitigar o ferimento. É isso que Nosso Senhor nos pede que façamos, porque há homens ingratos que estão a magoar a Santíssima Virgem Mãe com as suas ingratidões e as suas blasfêmias. Ele pede-nos para o fazermos ao menos com os nossos gestos, e através de actos de reparação. Nossa Senhora confirmou que isto é, de facto, uma consolação para Ela, porque disse: “Tu, ao menos, vê de Me consolar.” E disse exactamente o que queria que nós fizéssemos — pediu a devoção dos Cinco Primeiros Sábados. Isto não quer dizer que a limitemos aos Cinco Primeiros Sábados, mas que, pelo menos, no primeiro Sábado de cada mês, durante cinco meses seguidos, Ela quer que nos confessemos, que recebamos a Sagrada Comunhão, que rezemos o Terço, e que Lhe façamos companhia durante quinze minutos enquanto meditamos sobre os quinze mistérios do Rosário. E devemos fazer estas quatro coisas no primeiro Sábado, com a intenção de fazermos reparação ao Seu Imaculado Coração
Local da aparição: antigo quarto da Irmã Lúcia - Pontevedra, Espanha
 

Há um quadro desta aparição, feito, evidentemente, por um artista, mas conforme a descrição de Lúcia. Lúcia falou desta aparição à sua Madre Superiora e ao seu padre confessor. A Madre Superiora disse: “Não posso fazer nada”, e o padre confessor disse qualquer coisa como: “Bem, não sei se estou a compreender. É preciso que isto se repita para perceber melhor.” Portanto, resumindo, Lúcia contou à Madre Superiora e ao seu padre confessor, mas não fez mais nada. 
Então, em 15 de Fevereiro de 1926, novamente em Pontevedra, onde Lúcia era noviça (tinha entrado no noviciado em Outubro anterior), deram-lhe a tarefa de esvaziar o lixo. Na altura em que estava a esvaziar o lixo no quintal, viu um rapazinho, de uns dez anos de idade, que vinha da rua e avançava para o quintal, Lúcia pensou que o reconhecia. Parecia-se com um rapaz que tinha visto uns meses antes. Nessa altura, ela tinha perguntado ao rapaz: “Sabes rezar a Ave Maria?” Ele respondeu: “Sim.” E então ela disse: “Ora reza lá”, mas ele não rezou enquanto ela não rezou juntamente com ele. Como ela tinha que continuar o seu trabalho, disse-lhe: “Sabes onde é a igreja de Santa Maria Maior?” (há uma igreja em Pontevedra com esse nome, numa colina a seguir ao convento. Já lá está há uns mil anos.) O rapaz respondeu: “Sim.” Lúcia disse lhe então: “Vai lá à igreja de Santa Maria Maior e pede à Santíssima Virgem para pôr Jesus no teu coração.” E ele lá foi, passando o portão do quintal, em direcção de Santa Maria Maior. E agora o mesmo rapaz que tinha visto há uns meses estava à sua frente; e neste dia ela reconheceu-o e perguntou-lhe: “Fizeste o que eu te disse? Foste à igreja de Santa Maria Maior?” O rapaz então transformou-se em frente dela; e Lúcia reconheceu que era o Menino Jesus Quem lhe falava; e Ele disse-lhe: “E tu tens espalhado, pelo mundo, aquilo que a Mãe do Céu te pediu?” 

Lúcia explicou-se: “Meu Jesus! Vós bem sabeis o que o meu Confessor me disse na carta que Vos li. Dizia que era preciso que aquela visão se repetisse, que houvesse factos para que ela fosse acreditada, e a Madre Superiora, só, a espalhar este facto, nada podia.” O Menino Jesus respondeu que o padre confessor não tinha que dizer quem teve esta aparição. Tudo o que ele devia fazer era dizer aos fiéis o que deviam fazer, mesmo eles não sabendo a quem tinha sido revelado. “É verdade que a Madre Superiora só, nada pode; mas, com a Minha graça, pode tudo.” E foi assim, de certo modo, que Nosso Senhor repetiu a aparição para que o padre confessor compreendesse. Além disso, o confessor de Lúcia perguntou-lhe: “Porquê cinco Sábados e não nove, como as Nove Primeiras Sextas-Feiras, ou sete, em honra das sete Dores de Nossa Senhora?” Nosso Senhor respondeu assim a esta pergunta, que lhe tinha sido feita por Lúcia: “Minha filha, o motivo é simples. São cinco as espécies de ofensas e blasfêmias proferidas contra o Imaculado Coração de Maria.” E continuou, dizendo quais eram: as blasfêmias contra a Santíssima Virgem na Sua Imaculada Conceição; as blasfêmias contra a Sua Virgindade Perpétua; as blasfêmias que negavam a Sua Maternidade Divina, recusando, ao mesmo tempo, recebê-La como Mãe dos homens; as blasfêmias que atacavam a Santíssima Virgem nas Suas sagradas imagens; e finalmente, as blasfêmias que procuravam semear publicamente nos corações das crianças a indiferença ou o desprezo, ou até o ódio. para com a sua Amantíssima Mãe, a Santíssima Virgem. São estas, portanto, as razões para os Cinco Primeiros Sábados, e nesta mensagem notar-se-á que Nosso Senhor falou no presente. 
A percepção do tempo no Céu é diferente da que nós temos. Pensamos nas coisas como: “bem, isto é hoje, aquilo era ontem,” “isto será amanhã”, mas no Céu as coisas estão eternamente no presente. Nossa Senhora, embora seja feliz no Céu, está hoje a ser ofendida por estes pecados dos homens que negam a Sua Imaculada Conceição, que negam a Sua Virgindade Perpétua, que negam a Sua Divina Maternidade, que fazem por afastar a devoção d’Ela dos corações das crianças, e que atacam a Santíssima Virgem nas Suas santas imagens. E assim, é hoje, através dos actos de Reparação, sobretudo nos Primeiros Sábados, que o Seu Coração é consolado.

As condições dos Cinco Primeiros Sábados 

Quais são as condições para a promessa dos Cinco Primeiros Sábados? Podemos fazer actos de Reparação em qualquer dia da semana, ou em qualquer semana do ano, mas a promessa que Nossa Senhora fez — que virá na hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação — é para quem cumprir as seis condições especificamente mencionadas por Nossa Senhora. A primeira condição é que deve ser no Primeiro Sábado de cinco meses consecutivos... Assim, para cumprir a primeira condição, deveriam fazer o acto de Reparação no Primeiro Sábado de Outubro, no Primeiro Sábado de Novembro, no Primeiro Sábado de Dezembro, no Primeiro Sábado de Janeiro, e no Primeiro Sábado de Fevereiro. A primeira condição é, pois, que os Cinco Primeiros Sábados sejam em meses consecutivos. Neste pedido, Nosso Senhor e Nossa Senhora seguem o que a Igreja sempre recomendou. Por exemplo, S. Pio X tinha a devoção dos Doze Primeiros Sábados do Mês. Todos os fiéis que, no primeiro Sábado ou no primeiro Domingo de doze meses consecutivos, dedicassem algum tempo à oração vocal ou mental em honra da Virgem Imaculada, ou da Sua Imaculada Conceição, ganhavam indulgência plenária em cada um destes dias, com a condição de se confessarem, de receberem a Sagrada Comunhão, e ainda de rezarem pelas intenções do Sumo Pontífice. A devoção do Primeiro Sábado pedida por Nossa Senhora é muito semelhante, mas é apenas para os Cinco Primeiros Sábados, e deve ainda fazer-se com Confissão, Comunhão, rezar o Terço e meditar quinze minutos sobre os quinze mistérios do Rosário, fazendo estas quatro coisas com a intenção de fazer reparação ao Imaculado Coração de Maria. Havia também a devoção dos Quinze Sábados.



“Só a Senhora do Rosário lhes poderá valer”  
Durante muito tempo, os membros das diversas confrarias do Rosário tinham o costume de dedicar quinze Sábados consecutivos à Rainha do Santo Rosário. Isto é, quinze Sábados seguidos, não o Primeiro Sábado do mês, enquanto que o Papa S. Pio X promoveu os Doze Primeiros Sábados, que era o Primeiro Sábado de doze meses consecutivos. Nosso Senhor gostaria que fizéssemos os Primeiros Sábados — não tanto pela promessa, mas com a finalidade de fazer reparação ao Imaculado Coração. Mas também gostaria se os fizéssemos, mesmo que fosse para merecermos a promessa. A segunda condição é irmos à Confissão. Não é preciso que a Confissão seja no próprio Primeiro Sábado. Como Nosso Senhor disse a Lúcia, pode ser feita oito dias antes ou oito dias depois, ou mesmo mais tempo — se for impossível confessarmo-nos antes disso. O principal, evidentemente, é comungarmos em estado de graça. A terceira condição, evidentemente, é a Comunhão de Reparação nos Primeiros Sábados. Lúcia perguntou: “E quem não puder ir no Sábado, por não haver Missa ou não haver um padre que dê a Comunhão no Primeiro Sábado?” 
Nosso Senhor respondeu que se alguém não puder receber a Comunhão de Reparação nos Primeiros Sábados, se pedirem ao seu confessor e receberem a sua autorização, é suficiente receberem-na no Domingo a seguir ao Primeiro Sábado. A quarta condição é rezar o Terço. Cada vez que Nossa Senhora apareceu em Fátima, pediu que rezassem o Terço. Seria estranho se não pedisse isto, porque é a Sua oração mais preferida. Lúcia disse-nos que “não há problema no mundo, seja ele nacional ou internacional, físico ou moral, ou problemas nas nossas famílias, problemas pessoais, problemas nas nossas comunidades, nas nossas paróquias ou nos nossos países, que não possam ser resolvidos pelo Rosário.” Assim, Nossa Senhora pediu para rezarem o Terço e o oferecessem em reparação, no Primeiro Sábado. Temos a Confissão, a Comunhão, rezar o Terço, e a quinta condição para o Primeiro Sábado é quinze minutos de meditação sobre os quinze mistérios do Rosário. Nossa Senhora especifica quinze mistérios. Há muitos Rosários — sei que há Franciscanos que têm o Rosário Franciscano das sete alegrias de Nossa Senhora; há também os Servitas de Nossa Senhora, que têm um Rosário das sete dores de Nossa Senhora; e ainda há outros Rosários — mas o Rosário a que Ela se referiu era o Rosário de quinze mistérios de São Domingos.
Como explicou a Irmã Lúcia: “…não há problema, por mais difícil que seja, seja temporal ou, sobretudo, espiritual – que se refira à vida pessoal de cada um de nós; ou à vida das nossas famílias, sejam as famílias do mundo sejam as Comunidades Religiosas; ou à vida dos povos e das nações –, não há problema, repito, por mais difícil que seja, que não possamos resolver agora com a oração do Santo Rosário. Com o Santo Rosário nos salvaremos, nos santificaremos, consolaremos a Nosso Senhor e obteremos a salvação de muitas almas.”

Além de rezarmos o Terço — e devíamos tentar meditar enquanto rezamos o Terço — Nossa Senhora quer que passemos mais quinze minutos a meditar sobre os quinze mistérios do Rosário. Isto é, podemos meditar sobre os quinze mistérios em cada Primeiro Sábado, ou podemos meditar num ou em dois, ou até só um. Mas é importante fazer os quinze mistérios antes de acabarem os Cinco Primeiros Sábados. A sexta condição é fazer todas estas coisas – Confissão, Comunhão, rezar o Terço, e meditar quinze minutos sobre os quinze mistérios do Rosário – com a intenção de fazer reparação ao Imaculado Coração. Esta é a finalidade para que devemos oferecer estas devoções nos Primeiros Sábados, para merecermos a promessa de Nossa Senhora.
O Padre Gonçalves, confessor da Irmã Lúcia, perguntou-lhe (cerca de cinco anos depois), como já referi: “Porquê hão-de ser cinco Sábados e não nove ou sete, em honra das dores de Nossa Senhora?” Ela escreveu o seguinte: “Ficando na capela, com Nosso Senhor, parte da noite do dia 29 para 30 deste mês de Maio, 1930, e falando a Nosso Senhor das duas perguntas 4ª e 5ª, senti-me de repente, possuída mais intimamente da Divina presença; e se me não engano, foi-me revelado o seguinte: “Minha filha, o motivo é simples. São cinco as espécies de ofensas e blasfêmias proferidas contra o Imaculado Coração de Maria: As blasfêmias contra a Imaculada Conceição; contra a Sua Virgindade perpétua; contra a Sua Maternidade Divina, recusando, ao mesmo tempo, recebê-La como Mãe dos homens; as blasfêmias dos que procuram publicamente infundir nos corações das crianças a indiferença, o desprezo, e até o ódio para com esta Mãe Imaculada; as ofensas dos que A ultrajam directamente nas Suas sagradas imagens. “Este, Minha filha, o motivo pelo qual o Imaculado Coração de Maria Me levou a pedir esta pequena reparação."

As blasfêmias dos hereges, cismáticos e ímpios

Eis o que o Padre Alonso tinha a dizer sobre as blasfêmias dos hereges, cismáticos e ímpios: “Cegados por um ecumenismo enganador, temos tido uma tendência desde 1962 para esquecer que há uma verdade evidente... aqueles que, obstinadamente e com pleno conhecimento, negam abertamente as prerrogativas da Santíssima Virgem Maria, cometem as blasfêmias mais odiosas a Seu respeito.”
Ecumenismo enganador dos hereges, cismáticos e ímpios

A primeira blasfêmia: Contra a Sua Imaculada Conceição, o Padre Alonso pergunta: “Quem são os que cometem esta ofensa contra o Imaculado Coração de Maria?” A resposta não deixa dúvidas. “Em primeiro lugar e em geral, [são] as seitas protestantes que recusam receber o dogma definido pelo Papa Pio IX, e que continuam a defender que a Santíssima Virgem foi concebida com a mancha do pecado original e até com pecados pessoais. O mesmo pode dizer-se dos Cristãos Orientais [dissidentes], porque, apesar da sua grande devoção mariana, também rejeitam este dogma.”

A segunda blasfêmia: Embora os Ortodoxos admitam a Virgindade Perpétua da Santíssima Virgem Maria, a maioria dos Protestantes também rejeita a Virgindade perfeita e Perpétua de Maria antes, durante e depois do parto, que é também um dogma definido da Igreja. 

A terceira blasfêmia é contra o dogma da Santíssima Virgem que foi definido pelo Concílio de Éfeso. Embora os Protestantes possam aceitar, em teoria, a Divina Maternidade de Maria, que foi definida no Concílio de Éfeso, na realidade caem facilmente na negação deste dogma, assim como se recusam a reconhecê-La como Mãe dos homens, no sentido católico, o que implica a Sua co-redenção e o Seu papel como Mediadora de todas as graças. 

A quarta blasfêmia refere-se à perversão das crianças, feita pelos inimigos de Nossa Senhora, que tentam inculcar-lhes a indiferença, o desprezo e até mesmo o ódio à Virgem Imaculada. E, como é evidente, isto é talvez feito mais frequentemente por pessoas como os Satanistas ou os Maçons ou os Comunistas, que detestam todas as religiões, muito especialmente a única religião verdadeira de Jesus Cristo, a Igreja Católica. 

A quinta blasfêmia refere-se aos que A ultrajam nas suas santas imagens. Vemos hoje uma espécie de repetição do iconoclasmo que se deu no Século VIII e foi condenado pela Igreja. Há mártires na Igreja Católica que foram mortos por defenderem as santas imagens. E este iconoclasmo voltou, até certo ponto, depois do Concílio Vaticano II. Resumindo, há quase 500 anos que a Contra-Igreja tem mantido uma luta incessante e aguerrida contra a Virgem Imaculada, contra a promoção da devoção a Ela, e contra o seu reino nos corações dos homens e em todas as sociedades. 

No seguimento do Protestantismo veio o Jansenismo e o seu frio desdém pela devoção autêntica à Santíssima Virgem. Veio a seguir o Racionalismo dos Séculos XVIII e XIX, assim como o Modernismo do Século XX. Todos estes “ismos” continuam a atacar a doutrina e a devoção marianas. Estas coisas pedem uma reparação; estas coisas fazem sofrer a Santíssima Virgem Maria. Finalmente, é do conhecimento geral que o Comunismo bolchevista tentou por todas as maneiras destruir a profunda veneração pela Mãe de Deus que está enraizada na alma do povo russo. Os santos ícones tinham de desaparecer, ou porque foram destruídos ou porque foram escondidos… até virem melhores dias.

A Santa Devoção aos Cinco Primeiros Sábados 

O Primeiro Sábado era o seu dia favorito:“confesso que nunca me sinto tão feliz como quando chega o Primeiro Sábado”Irmã Lúcia.  Em 21 de Novembro de 1927, escreveu à sua madrinha de crisma, para confirmação, o seguinte: “Não sei se já tem conhecimento da devoção reparadora dos Cinco Sábados ao Imaculado Coração de Maria; mas como ainda é nova, lembrou-me de lha indicar, por ser uma coisa pedida pela nossa querida Mãe do Céu, e por Jesus ter manifestado desejo de que seja abraçada. “Pareceu-me por isso que a Madrinha estimará muito não só de ter conhecimento dela, para dar a Jesus a consolação de a praticar, mas também de a fazer conhecer e abraçar por muitas outras pessoas.”
É uma mensagem para todos nós, que não só devemos conhecer como também fazer conhecer aos outros, e conseguir que o maior número possível de pessoas comece a praticar esta santa devoção. Eis como Lúcia descreveu à sua madrinha, para confirmação: “Consta no seguinte: Durante cinco meses, no Primeiro Sábado, receber Jesus Sacramentado, rezar um Terço, fazer quinze minutos de companhia a Nossa Senhora, meditando nos mistérios do Rosário, e fazer uma confissão. Esta pode ser alguns dias antes e, se nesta confissão anterior nos esquecermos de formular a intenção (requerida), podemos oferecer a confissão seguinte, contanto que no Primeiro Sábado se receba a Sagrada Comunhão em estado de graça, com o fim de reparar as ofensas que se proferem contra a Santíssima Virgem, e que têm amargurado o Seu Imaculado Coração. “Parece-me, minha boa Madrinha, que somos felizes por poder dar à nossa querida Mãe do Céu esta prova de amor, que sabemos deseja que se Lhe ofereça. “Quanto a mim, confesso que nunca me sinto tão feliz como quando chega o Primeiro Sábado. E não é verdade que a nossa maior felicidade está em sermos todas de Jesus e Maria, em amá-Los a Eles só, sem reserva? Vemos isto tão claro na vida dos santos … Eles eram felizes porque amavam, e nós, minha boa Madrinha, havemos de procurar amar como eles, não só para gozar a Jesus, que é o menos — se não O gozarmos cá, gozá-l’O-emos lá — mas para darmos a Jesus e Maria a consolação de serem amados … e que assim, em troca deste amor, salvassem muitas almas. “Adeus, minha boa Madrinha; abraço-a nos Corações Santíssimos de Jesus e Maria.” 


Os Primeiros Sábados é que é uma das condições para a paz mundial

Até agora, esta devoção dos Cinco Primeiros Sábados não é geralmente conhecida, e no entanto era uma condição para se evitar a Segunda Guerra Mundial. E apesar de Lúcia a ter promovido em particular, escrevendo cartas à sua madrinha e a outras pessoas conhecidas, nunca chegou a ser promovida, por assim dizer, durante a Segunda Guerra Mundial, a partir da Sede Episcopal. Em 1939, na altura em que estava a começar a guerra, o Bispo de Fátima começou finalmente a fazer alguma coisa. Mas todos nós,  — especialmente os Bispos, também os padres, e os leigos podem fazer muito para difundir esta devoção. 

Uma nota final sobre a Reparação 

“O que é, exatamente, a reparação?”, reparação significa “reparar”. Reparar é restaurar. Portanto, se alguém nos ferisse — digamos, se alguém nos esbofeteasse, por exemplo — não por brincadeira, não levianamente, mas com a intenção de nos ofender, isso sem dúvida magoar-nos-ia. Não tanto a bofetada, embora também magoasse, mas o que magoa realmente é o facto de uma outra pessoa ter a intenção de nos insultar, a intenção de nos faltar ao respeito, e, basicamente, de pecar contra a nossa pessoa, o que é, em primeiro lugar, um pecado contra Deus. Porém, o ponto da questão é que, se somos feridos por um ato de falta de respeito, de insulto ou de qualquer coisa assim, e se outra pessoa vê esta acção feita pessoalmente contra nós e tem pena de nós, isto é, sem dúvida, uma coisa boa. Mas será ainda melhor se fizer qualquer coisa para reparar a ferida, para reparar o mal causado. Podia fazer isto de várias maneiras: podiam oferecer um presente; podiam dizer que lamentavam o que tinha acontecido; podiam fazer várias coisas para tentar reparar — isto é, tentar remediar — o que tinha acontecido contra a vossa pessoa. Podemos compreender isto, mas é isto, essencialmente, o que acontece quando a Santíssima Virgem é blasfemada. Ela é insultada, é ofendida; e isto é verdadeiro, e atravessa realmente o Seu Coração com espinhos. De facto, Nosso Senhor mostrou que o Seu Imaculado Coração está coberto de espinhos que O trespassam a todo o momento com estes insultos pessoais contra Ela; e por isso devemos fazer atos de reparação, com certeza nos Cinco Primeiros Sábados, mas podemos fazê-los todos os dias. De facto, quando Nossa Senhora falou aos pastorinhos em Fátima, ensinou-lhes três orações. E uma das orações que lhes ensinou era a seguinte, para dizerem quando fizessem um sacrifício: “Ó Jesus, ofereço-Vos este sacrifício por Vosso amor, pela conversão dos pecadores, e em reparação dos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria.”


A MAGNÍFICA PROMESSA DOS CINCO PRIMEIROS SÁBADOS
Este folheto (A Magnífica promessa dos Cinco Primeiros Sábados) inclui tudo o que é essencial. Esta publicação, com a excepção das ilustrações e do Apêndice II, é tirada inteiramente do segundo volume da obra de Frère Michel The Whole Truth About Fatima, que ainda é o livro melhor e mais completo até hoje escrito sobre Fátima. 
https://1drv.ms/w/s!AleIyOv4Mp1egVtaP0XN2ze1GXMH












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